
Para aqueles que desejam se espiritualizar, um grande questionamento é: “Qual a minha missão nessa vida?” ou “O que eu preciso fazer para melhorar?”.
Pois bem. Muitos, dependendo da vertente espiritualista da qual advém ou então estão estudando, acham que viemos para esta vida para sanar os erros do passado.
Isto está muito longe de ser a verdade.
Viemos para esta encarnação para evoluir como pessoas e seres espirituais e não para ficarmos remoendo as pendências da vida passada.
Esta vida é para vivermos. Obviamente, no meio do caminho, temos essas pendências no passado, mas elas não são o foco da vivência. Isto porque muitas dessas pendências se mesclam com o que passamos no dia a dia e não necessariamente vão lhe jogar em situações análogas constantemente. Isso se repete a menos que você não consiga mudar alguns padrões de atitudes e pensamentos.
Explico. Além das energias que temos das consequências de nossos atos para com as pessoas, temos também a energia emanada no mundo. Nesta vida, nós somos diretamente responsáveis pelas energias emanadas pelas pessoas que prejudicamos. Se por um acaso não conseguirmos saná-las, esta energia vai para o cosmos e na próxima vida, temos que cuidar delas. Isto não quer dizer, portanto, que nós temos que ficar reencarnando no mesmo ciclo de pessoas para quitar nossos débitos e sim, em situações que nos levam a sanar essa dívida cósmica.
Quando sofremos, nós não somente trazemos energia para nossa família, para nós mesmos, para nosso círculo de amigos e trabalho, mas também, deixamos essa energia no “ar”, que vai se acumulando, gerando sua própria energia e pode criar sua própria Egrégora. É por isso que, embora tenham se passados anos, alguns locais ou acontecimentos, carregam uma grande energia. Um local de exploração escrava ou uma tragédia, por exemplo. O holocausto não aconteceu no Brasil, porém, essa energia ficou tão massiva, que se tornou mundial e com isso, se expandiu por gerações. Então, os familiares e descendentes também sofreram e consequentemente, essa energia foi se espalhando e se prolongando. Então, quem consentiu com o holocausto àquela época, não tem que realmente reparar seus erros com as vítimas e sim, com o universo, porque essa energia continua a ser jogada, continua a ser alimentada.
Vamos dizer que você, em uma vida passada, foi um feitor de escravos, um capataz. O que vai ser analisado, após seu desencarne, é toda a sua evolução espiritual até aquela vida, se você teve a oportunidade de se livrar de um ciclo e se a aproveitou. Depois será visto o quanto você realmente gostou disso, se, mesmo você estando em um ponto de dominância, você fez por você, por gosto, ou se tem alguns pormenores nisso. Após se encerrar o ciclo de dominância, se você tentou evoluir e reparar esses erros ainda em vida e depois, o que aprendeu quando desencarnou. Caso o saldo seja negativo, terás que reencarnar para que, por meio dos seus obstáculos nesta vida, você possa aprender. Se foi um feitor, pode ser que você não venha necessariamente em uma situação de escravatura, mas pode vir em uma região em que sua sobrevivência será mais difícil e terá que se submeter a algumas situações que poderiam ser consideradas como desumanas. Pode ser que você encontre alguém a quem você fez sofrer na vida passada, mas não é esse o objetivo, o objetivo é que você passe por uma situação e com isso aprenda. Isso porque no meio do caminho, você pode se revoltar com a situação e se tornar alguém opressor novamente, repetindo o ciclo de violência. Isso explica, pela parte espiritual, porque algumas pessoas nascem nas mesmas condições, criação, e algumas se enveredam por caminhos violentos e outras tentam quebrar esse ciclo.
O fato de que a pessoa está sofrendo (esqueçamos se é “merecido” ou não) e mesmo assim, decide quebrar com esse padrão, evitar que outros sofram porque consegue ter empatia com os outros, porque trata os outros como gostaria de ser tratado, mesmo que lhe tratem mal, traz inúmeros pontos de evolução espiritual. Porque no meio do ciclo de destruição, você está plantando flores. Pode ser que muitos não vejam, só olhem o panorama do desespero, mas algumas pessoas vão olhar para aquelas flores e se sentir reconfortadas, verão a beleza e com isso também plantarão flores. No final, a campina destruída se torna florida e todo mundo que teve uma parte com isso, vai colher os benefícios.
“Mas e esta vida? Eu quero benefícios nesta vida. “. Pois bem, tudo no espiritual tem seu tempo, e isso não quer dizer o NOSSO tempo. É difícil ver pessoas ruins prosperando enquanto nossos planos de melhora de vida, por exemplo, empacam ou desmoronam. Nos irritamos. Mas nada impede que no futuro, essa pessoa que, aparentemente, está melhor de vida, perca tudo ou perca o que lhe é de mais precioso. A resiliência também é uma evolução.
É difícil de entender essas coisas, de compreender, porque é nesta vida e no agora que estamos vivendo, mas precisamos compreender que essa parte do karma não é conosco e sim, com o universo, com as energias cósmicas. Além disso, enquanto encarnado, os seres espirituais tem um certo limite de coisas que podem ou não podem fazer, enquanto que no espiritual, as regras são bem diferentes. Às vezes sofremos aqui nesta vida e evoluímos e na próxima, seja neste plano ou em outro, nós vamos ter uma vida mais tranquila, enquanto que quem teve a oportunidade nesta vida e não aproveitou e até a jogou fora, irá sofrer por séculos e bem mais, na parte espiritual.
Não há como definirmos regras para como iremos reencarnar, porque esta parte é responsabilidade do plano espiritual.
Então, o que você precisa focar nesta vida é em se tornar uma pessoa melhor, evoluir, espalhar as flores pelo campo dizimado, para trazer luz à sua vida, àqueles que te circundam e à estranhos.
Trate os outros com respeito, com compreensão, trate-os como gostaria de ser tratado. Tenha empatia e entenda o que os outros passam, ou ao menos realmente tente entendê-los. Assim como você tem a sua bagagem emocional e espiritual, os outros também a tem.
Faça o bem sempre que puder, sem escolher a quem fazer. Quando escolhemos a quem fazemos, estamos julgando o merecimento daquela pessoa. Não é necessário que você obrigatoriamente ajude a todos, mas evite ficar julgando demais. Algumas pessoas se arrependem. Quando você faz o bem, você não está ajudando somente àquela pessoa, mas espalhando a mensagem de amor e compaixão dos maiores guias e isso vai além do que imaginamos. Essa boa ação, também, não é apenas via desgaste financeiro como doações monetárias ou compras de objetos e sim, por meio de palavras, por meio de um momento de atenção, por aconselhamento, por meio de atitudes que irão ajudar a pessoa.
Tente não se tornar como as pessoas que lhe fizeram mal. Tome-as apenas como exemplo a não ser seguido. Você não precisa perpetuar o ciclo apenas porque sofreu. Não precisa bater apenas porque cresceu apanhando. Lembre-se do quanto aquilo lhe fez sofrer e evite repeti-lo. É difícil no começo, mas com paciência, você quebra esse ciclo. Do mesmo modo que você, quando é acusado de algo pelo histórico familiar, abre a boca para dizer que não pode ser julgado pelos atos dos outros, faça o mesmo com os outros.
E lembre-se, as pessoas evoluem, elas mudam pensamentos, atos, formas de agir e isso é que é importante. Aqueles que nunca mudam, às vezes por orgulho, são as pessoas que mais vão sofrer seja nesta vida ou na próxima. Você não é a mesma pessoa de há dez anos. E ainda bem.
Não caia na história de que somos os reflexos de nossos pais, de nossa família. Nós somos o reflexo de nossas atitudes. E isso começa por você.
Para quem quer entender melhor como sua ação pode melhorar a vida de muitas pessoas e com isso, iniciar um ciclo maravilhoso de evolução, assista o filme “A Corrente do Bem”. É um filme lindo, inspirador, que pode mudar sua vida. Mas não se esqueça do lenço.
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