
A origem mais conhecida do tabuleiro OUIJA remonta ao ano de 1848, quando duas irmãs Kate e Margaret Fox supostamente se conectaram espiritualmente a um vendedor que havia falecido anos antes e com isso, espalharam uma febre espiritualista que começou nos Estados Unidos e depois passou para a Europa. Aparentemente, um espiritualista chamado M. Planchette foi quem, por volta de 1853 inventou o indicador de madeira que conhecemos hoje. Este indicador é o famoso triângulo com um círculo aberto no centro, seja vazio ou com uma pequena lupa, para enxergar a palavra correta com a qual se quer conectar.
Vale frisar que antes das irmãs Fox, a comunicação com o mundo espiritual existia. Utilizavam-se algumas palavras fixas, mais números e alfabetos em pedaços de papel e se espalhavam pela mesa, sendo que o ponteiro podia ser desde um pedaço de madeira, à uma caneta tinteiro ou qualquer coisa que se tivesse à mão.
Foi com as irmãs Fox e sua história, que fabricaram cheias de detalhes, que esta comunicação se popularizou até se tornar o tabuleiro ouija mais ou menos como conhecemos hoje.
Foi só em torno de 1890 que Elijah Bond resolveu patentear a tábua Ouija e desde então ela tem sido produzida de diversas formas por todo o mundo.
Foi com o advento da 1a Guerra Mundial que o jogo se popularizou realmente. Mesmo os católicos começaram a usar a tábua para se comunicar com os falecidos na Guerra. Tal atitude tomou tal proporção que o Papa Pio X teve que intervir para alertar os fiéis sobre o jogo.
Mas a explosão mesmo veio com o romance de William Blatty, “O Exorcista”, que foi inspirado em um caso real de um garoto de Maryland que supostamente entrou em contato com um demônio por meio do jogo em 1949, tendo sido então possuído e sofrido um exorcismo.
Embora muitos utilizassem o jogo para assuntos espirituais e ocultistas, muitos ainda utilizavam o jogo como uma brincadeira.
Neste ponto, Alan Kardec condena o uso de comunicações frívolas, fúteis, levianas, em tom de brincadeira com o mundo espiritual. Isto porque normalmente são utilizadas a título de curiosidades, brincadeiras e não são conduzidas de modo adequado, longe da seriedade necessária para a comunicação adequada com a espiritualidade. Segundo o espiritismo (e devo concordar neste ponto), se não feita de forma adequada, a presença de espíritos levianos, zombeteiros, negativados, sem nenhum interesse em realmente ajudar ou ser ajudado é extremamente mais provável do que o caso de ajuda necessário e isto pode levar à inúmeros problemas espirituais que irão se refletir, mais dia, menos dia na vida material dos interlocutores encarnados, seus arredores e às pessoas próximas à eles.
Dito isso, para se jogar a Ouija, de modo geral, existem algumas regras a serem seguidas, caso você queira arriscar. Mas desde já aviso que eu expressamente NÃO RECOMENDO que se faça esse jogo sem a devida preparação espiritual.
1. Não se deve jogar sozinho. Sob nenhuma hipótese. O mínimo de pessoas são 2.
2. NUNCA jogue em um cemitério. Aqui, eu faço um adendo que não se deve fazê-lo não somente em cemitérios, mas em mortuários, hospitais, hospícios, locais de grande “peso espiritual”. O melhor lugar é um local neutro. Fazer em casa também é perigoso, mas não tanto quanto em outros locais.
3. Não é necessário acender certo tipos e quantidades de velas, mas é bom criar um clima calmo, tranquilo, à meia luz.
4. Caso queira contatar alguém específico, é melhor utilizar pertences pessoais, fotos, ou então antes fazer pequenos rituais lembrando a pessoa e entrando na energia dela, para que ela se aproxime.
5. Procure um sensitivo/medium para jogar com você. As percepções serão melhores com ela.
6. Deve-se movimentar o ponteiro com a ponta dos dedos. Dois dedos já são suficientes e não se deve retirá-los sob nenhuma hipótese.
7. As perguntas devem começar simples, preferencialmente com sim ou não e à medida que a conexão aumenta, pode-se ir para perguntas mais complexas, mas nunca longas ou que demandem grandes respostas.
8. Se demorar a responder, pode-se mover o ponteiro ou até a tábua em círculos. Pare por uns segundos, volte a respirar, tente se conectar novamente.
9. Nem todas as tentativas darão certo. Caso não obtenha respostas ou então elas sejam muito desconexas, tente outro dia.
10. Para encerrar o jogo, deve-se levar o ponteiro até o Adeus. Nas três primeiras tentativas peça a permissão, caso não seja concedida, na quarta você afirma que irá terminar o jogo e vá até o Adeus, de maneira mais rápida e firme. Neste caso, após dizer o Adeus, vire o tabuleiro de cabeça para baixo ou então conte de A a Z ou de 9 a 0. Respire fundo, bata palmas três vezes, guarde o tabuleiro de ponta cabeça em um pano preto, e então se movimente de modo vigoroso, para se livrar da energia. Acenda as luzes, lave o rosto em água corrente e guarde a tábua em local que não possa ser visto embaixo de uma pedra de turmalina até o próximo jogo.
É preciso salientar que quem é facilmente influenciável, não tem conhecimento das limpezas e proteções necessárias, se está sob efeito de álcool ou substâncias que alterem a percepção, não devem fazer esse jogo pois além da possibilidade de serem influenciadas por fatores externos, tornam-se um alvo bem mais fácil para os espíritos de baixa vibração.
Não é necessário realmente comprar uma tábua ouija para jogar esse jogo. O jogo do copo é uma versão brasileira da tábua, assim como do compasso, da caneta e tantos outros. Para esse jogo, é necessário o alfabeto, as palavras “sim”, “não”, “ola”, “adeus”, os números de 0 a 9 e também um ponteiro. Além disso, podem-se adicionar palavras específicas ou nomes específicos.
Cabe à vocês decidirem se vão ou não jogar esse jogo. Mas lembrem-se, procurem alguém de confiança para fazê-lo ou então, para limpá-los depois. Ou as consequências podem ser graves.