SETEMBRO AMARELO: Seja a ajuda de quem precisa!

No mês de setembro, somos bombardeados pela campanha Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio.

Embora a ideia seja boa, fato é, que não é só no mês de setembro que muitos precisam de ajuda, ainda mais com os resquícios da pandemia, a prevenção ao suicídio deve ser constante.

É óbvio que saber que alguém que gostamos se foi desta maneira e muitas vezes nos faz pensar se poderíamos ter feito alguma coisa.

A pior coisa para nós é perceber que sim, poderíamos ter feito algo, embora nem sempre.

Ninguém se mata por prazer. Pessoas que recorrem ao suicídio são pessoas que há muito sofrem com isso e o sofrimento que as leva ao suicídio é tão grande, que nada mais importa. Elas realmente querem parar com a dor e veem a morte como a única saída. Não importa o que elas poderão passar do outro lado, este lado, este que elas vivem é o que está lhes trazendo um intenso sofrimento.

Não se enganem achando que os suicidas são tristes. Como ainda existe o estigma da depressão e suicídio, eles se tornam bons em esconder os sinais, justamente para evitar serem vistos com pena, como doentes.

É comum alguém que estava sempre alegre, sempre disposto a ajudar alguém, acabe por esse caminho.

Pela minha experiência de já ter lidado com muitas pessoas neste estado, mesmo durante as consultas de tarot, vemos uma culpa gigantesca da pessoa. Ela quer ser parte da sociedade, quer ajuda, mas simplesmente não tem forças ou então não vê apoio dentro da família. “Você tem emprego, você tem família, não há motivos para você ficar triste”. “Seu amigo passou por coisa pior e está bem”. “Isto é falta de Deus na sua vida”. “Isto é falta do que fazer”. Frases como essas, em vez de ajudar, acabam atrapalhando e fazendo com que as pessoas se retraiam, não procurem ajuda e acabem piorando sua situação.

Para ajudá-los, irei dispor um texto da Dra. Gabriela de Carvalho Souza, Psicóloga com CRP 04/20353, além de Especialista em Políticas Publicas, com Especialização em Psicologia Forense em Curso e Ciências Criminais em curso.

O que é saúde mental e como cuidar da mesma.

Pelas definições da Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde mental é “um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz dar uma contribuição para sua comunidade “. Saúde mental está relacionado à forma que o ser humano reage e administra às cobranças, os desafios, o estresse diário, as emoções, bem como as transformações da vida., e como concilia suas ideias e sentimentos, e oferta sua contribuição

Saúde Mental está relacionado à forma que o ser humano reage e consegue lidar com às cobranças, desafios, estresse e transformações da vida. Bem como como concilia suas ideias e emoções, e como ofertar sua contribuição para a sociedade.

A preservação do adoecimento psíquico e importante, tanto como o cuidado com outros tipos de doenças tais como a hipertensão ou a diabetes. Saber como identificar e preservar a saúde mental e fundamental para buscar tratamento. Para isso é de extrema importância o conhecimento dos principais transtornos.

O transtorno mental pode estar presente em qualquer fase da vida de uma pessoa. Em alguns casos ele se apresenta de forma sutil e vai agravando, seus reflexos acontecem no âmbito psicológico e podem ter reflexos físicos dependendo da etapa da doença. E fundamental o conhecimento para eliminar os tabus e os preconceitos.

Os principais transtornos são:

*Transtornos de Ansiedade.

*Depressão.

* Esquizofrenia

*Transtornos alimentares

* Estresse pós traumático

* Transtorno bipolar

* Transtorno obsessivo-compulsivo

Definição e como cuidar

1. Transtornos de Ansiedade são muito comuns, são caracterizados por uma sensação de desconforto, medo, angustia e costumam ser provocados pela antecipação de um perigo ou algo desconhecido.

Como cuidar: E recomendado a realização de psicoterapia, bem como acompanhamento com o psiquiatra. Em alguns casos e necessário o uso de medicamento sob precisão e acompanhamento medico.

2. Depressão é caracterizada como o estado de humor deprimido que persiste por mais de duas semanas, com tristeza e perda do interesse ou do prazer nas atividades, podendo apresentar sinais e sintomas como irritabilidade, insônia ou excesso de sono, apatia, emagrecimento ou ganho de peso, falta de energia ou dificuldade para se concentrar entre outros.

Como cuidar: Para tratar a depressão, é recomendado o acompanhamento com o psiquiatra, que irá indicar o tratamento de acordo com a gravidade do quadro e os sintomas apresentados. E importante a associação da psicoterapia aliada aos medicamentos prescritos pelo psiquiatra.

3. Esquizofrenia é o principal transtorno psicótico, caracterizado como uma síndrome que provoca distúrbios da linguagem, pensamento, percepção, atividade social, afeto e vontade.

Como cuidar: é necessário o acompanhamento psiquiátrico, que indicará o uso de medicamentos antipsicóticos, E de extrema importância orientação à família e a associação com outros profissionais da área de saúde, como psicologia, terapia ocupacional e nutrição, por exemplo.

4. Transtornos alimentares como a anorexia nervosa caracterizado pela perda de peso intencional, provocada pela recusa à alimentação, distorção da própria imagem e medo de engordar. A bulimia que consiste em comer grandes quantidades de comida e, em seguida, tentar eliminar as calorias de formas prejudiciais, como pela indução do vômito, uso de laxantes, exercício físico muito intenso ou jejum prolongado. Ou a obesidade, no qual por algum motivo a ansiedade e refletida na ingestão de alimentos em grande quantidade.

Como cuidar: O tratamento dos transtornos alimentares, deve ser feito de forma interdisciplinar entre psiquiatra, psicólogo e o nutricionista, e os medicamentos costumam ser indicados somente em casos de doenças associadas, como ansiedade ou depressão.

5. Estresse pós traumático é a ansiedade que ocorre após a exposição a alguma situação traumática. Na maioria das vezes, a pessoa afetada revive persistentemente o ocorrido com lembranças ou sonhos, que por consequência eleva sua ansiedade e sofrimento psicológico.

Como cuidar: O tratamento é feito com psicoterapia, onde o psicólogo procura fazer com que a pessoa perceba quais são os eventos que estão provocando os medos involuntários e como podem elaborar os mesmos, fazendo que eliminem as memórias traumáticas desses eventos. Em alguns casos e necessário um trabalho conjunto com o psiquiatra para que seja indicado o uso de medicamentos.

6. Transtorno bipolar e caracterizado por oscilações imprevisíveis no humor, variando entre depressão, que consiste em tristeza e desânimo, e mania, impulsividade e característica excessivamente extrovertida. 

Como cuidar: O tratamento costuma ser feito com medicamentos estabilizadores do humor, que deve ser recomendado pelo psiquiatra.

7. Transtorno obsessivo-compulsivo, também conhecido com o TOC, este transtorno provoca pensamentos obsessivos e compulsivos que prejudicam a atividade diária da pessoa, como exagero em limpeza, obsessão por lavar as mãos, necessidade de simetria ou impulsividade por acumular objetos, entre outros.

Como cuidar: O tratamento para transtorno obsessivo-compulsivo é orientado pelo psiquiatra, pois e necessário o uso de medicação. E importante que haja o acompanhamento psiquiatra e o psicológico.

Mais sobre este assunto:

Reconhecer o que não faz bem e essencial para construir estratégias para um auto cuidado de qualidade. Em todos as relações seja familiar, profissional, amorosa e fundamental estabelecer vínculos de respeito mutuo e uma boa escuta. Pois não concordar com as opiniões e valores, não deve ser motivo de agressões e palavras ofensivas. Compreender os comportamentos, atitudes e a comunicação que são aceitáveis e o que não são, bem como deixar isso claro para as pessoas ao redor, é fundamental para estar bem. Pois o equilíbrio emocional é essencial para conseguir exercer todas as áreas da vida de uma pessoa. Quando o individuo não consegue sozinho estabelecer limites saudáveis nas suas relações, procurar uma ajuda profissional é imprescindível.

Referências Bibliográficas

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.

Porto Alegre: Editora ARTMED.

Para quem quiser entrar em contato com a Dra. Gabriela, ela pode ser encontrada:

INSTAGRAM:@gabrieladecarvalhosouza

E-MAIL: gabydecarvalho@hotmail.com

TELEFONE/WHATSAPP (31) 98804-0079

Deixe um comentário