
Há mistérios no universo da alma que não podem ser compreendidos pela mente linear, nem medidos pelo tempo terreno. São segredos que pertencem à arquitetura superior da Criação, onde o espaço e o tempo são apenas véus provisórios sobre uma realidade muito mais ampla e eterna.
Entre esses mistérios, reside o enigma dos encontros espirituais: quando duas almas, cujas histórias já se entrelaçaram em eras distantes, voltam a cruzar seus caminhos — ou não.
A Trama Invisível da Eternidade
A existência não é uma linha contínua de vidas sucessivas, mas um complexo entrelaçamento de jornadas, dimensões e aprendizados.
Cada alma, em sua caminhada, é guiada por forças superiores que orquestram sua evolução segundo a sabedoria da Fonte.
Nesse grande tear cósmico, há almas com as quais travamos alianças sagradas, votos antigos e propósitos comuns, seja para cooperar, curar, ensinar ou aprender.
Mas nem sempre essas almas se reencontram em cada encarnação.
Pode ser que, ao longo de séculos, suas rotas sigam paralelas, sem jamais se cruzarem fisicamente.
Quando reencarnam na mesma época, podem habitar continentes distintos, culturas incompatíveis, situações sociais opostas — e não chegarem sequer a saber da existência uma da outra.
Essa separação não é uma falha do destino, mas uma necessidade evolutiva.
Há lições que precisam ser vividas isoladamente, para que o espírito se fortaleça por si mesmo.
O reencontro acontece apenas quando ambos os campos estão prontos, e quando sua união servirá a um propósito superior, e não aos anseios do ego ou da carência emocional.